terça-feira, 15 de julho de 2014

Região das Astúrias - Quanta riqueza!

01/07 - Passamos a noite numa praia num bairro bem nobre. Praia linda porém cheia dos não-me-toque. Era proibido acampar, mas começou a chover e já estávamos bem cansados, o diocamping foi ali mesmo. Ninguém apareceu e foi tudo tranquilo. Depois de arrumarmos as coisas de manhã, na hora de partir começa a chover. Bota a capa de chuva protege os eletrônicos, tá massa, vamos nessa. Paramos numa parada de ônibus para pegar a gopro, eis que surge um cicloviajante, um alemão (Cristopher). Papo vai, papo vem, acabou viajando com a gente. Só falava em ingles, e quando não entendíamos, ele repetia com calma e de outra forma, até a comunicação dar certo. Cris nos ensinou de maneira muita massa a como pedir pra acampar no quintal de alguém, é a melhor forma de acampar de graça e é muito fácil conseguir. Ele não fala espanhol, sabia apenas dizer que precisava de um lugar pra montar sua barraca e passar a noite. Fomos num boteco e pimba, conseguimos acampar no terreno no Pepe Belinho. É muito bom dormir sabendo que ninguem vai te xaropar com nada. Preciosa dica. Valeu alemão. Sorte que te conhecemos antes do jogo do Brasil, se não...Tu ia zuar a gente pra porra!

Muito bela a nossa cozinha de hoje.

Diocamping na praia.

Eu, Thiago e Cris.
Bar onde conseguimos o diocamping da vez. Boa alemão!

03/07 - Combinamos de fazer volume, rodar bem. Só que fomos conhecer a Praia das Catedrais e foram 20 km sem avançar, rendeu nada. Entramos na região de Asturias, muito linda. Achamos um camping roots muito irado. O dono do camping, o Feliciano, ficou encantado com  nossa viagem, ficamos la 2 noites, ele não cobrou uma das noites e ainda fez panquecas pra gente de cafe da manhã, poxa vida. Como é bom conhecer pessoas boas que tem interesse pelo que você é e não pelo o que você tem. Como pode sentirmos algo tão bom por uma pessoa que acabamos de conhecer. Essa é a magia da viagem.

Praia das Catedrais, rolou um boulderzinho.

Feliciano e sua Duquesa.
Primeiro contato com  a região de Astúrias

05/07 - Passamos por uma cidade totalmente graciosa chamada Luarca. Paramos no restaurante de um hotel para tomar um café com leite, o dono do hotel nos ofereceu uns quartos para peregrinos (lembrando que ainda estamos fazendo o caminho de Santiago) por 10 euros por pessoa. Pelo naipe do hotel é até barato, mas pra gente pesa. Explicamos a situação e perguntamos se teria algum camping por perto. Ele disse que poderíamos acampar ali mesmo no quintal do hotel sem problema e sem custo, ahhh ta de brincadeira, que massa! Valeu Lineu (ele era a cara do Lineu da Grande Família)!
Luarca


Diocamping no hotel. Esse jipezinho é da 2 guerra mundial, deve ter visto muito coisa.

Tivemos que ir até a praia procurar um banho. Esse solzinho não esquenta nada. Agua fria da porra.

Depois do sofrimento de tomar um banho gelado no frio, a recompensa é o prazer de se sentir limpo. Praia próxima ao hotel que acampamos. Não tem areias, só pedras.
06/07 - O pedal foi tenso, só subida e descida, muita curva, foram 60 km assim. Estava tarde e nada de acharmos um diocamping, descemos até uma praia e nada, já estava anoitecendo e começou a chover. Como era domingo o único lugar coberto perto era um restaurante. Ficamos la e nada da chuva passar. Thiago saiu na chuva pra procurar lugar pra acampar, na mesma hora a dona do restaurante estava saindo de carro e nos deixou acampar no restaurante, apenas com a condição de sair antes das 09:00 que é o horário que o restaurante abre. Que bacana!

O pneu de tras da bike do Thiago deu tipo um calombo, quase pra rasgar. Não sabemos o que foi.

Sobe, desce, sobe, desce...

Pelo caminho. Adoro casas abandonadas.

Diocamping na varanda coberta do restaurante.
















































07/07 - Chegamos em Gijon. Moraria nessa cidade com toda certeza. Uma coisa que nos incomodava muito era o banco das bikes. Dava 30 km a bunda começava a doer muito. Já estávamos planejando comprar os Brooks (marca antiga de bancos de couro) mas a cidade que vendia estava bem longe. A primeira loja de bike que vimos em Gijon tinha esses bancos, Yesss! Compramos, o preço é bem salgado 85,00 euros cada, mas é banco pra vida toda. Ficamos 4 dias em Gijón, um deles eu fiquei com o pescoço ferrado. :/

Linda Gijón!



Agora temos Brooks, nossas bundas agradecem.
Foi em Gijón que vimos o Brasil perder, os espanhois pagaram 2 chopps para nos consolar e nem zuaram. Massa!

11/07 - Depois de vários dias parados só gastando, voltamos a estrada. Avistamos um cara (Juan) e fomos lá perguntar se ele sabia de algum lugar pra acamparmos. No inicio ele ficou meio assim, mas acabou nos convidando para acampar em sua casa. Tinha mesa, tinha mangueira, tinha local coberto para guardar as bikes e tinha um cachorro lindão. Perfeito. 

Olha o tamanho desse cavalo, muito fofinho.

Diocamping no quintal do Juan.

Assim que nos despedimos do Juan e saímos, lembramos que não tínhamos tirado foto com ele. Paramos pra alongar e la vem o Juan com o Peche nos dizer para irmos pelo caminho dos Picos da Europa. Fomos!

12 -13 - 14/07 - Seguimos a dica do Juan e fomos rumo aos Picos da Europa. Minha nossa senhora, só foi subida extrema, uns 13 km. Andávamos a 5km/h não chegava nunca. Foi duro, muito duro. Uma hora chegamos e o visual foi compensador, valeu a pena. Sempre vale o esforço. Já que foi difícil conquistar a montanha, decidimos diocampar por lá mesmo, no topo, incrível! Estávamos meio apreensivos de acampar no parque. Encontramos um brother muito sangue bom, o Rojo. Ia passar a noite la também na sua van e nos disse que ninguém iria aparecer. Pronto, a noite será tranquila. Rojo também nos deu uma dica irada de ir para o Rio Dobra, nos passou um esquema que rolava de acampar escondido. Fez o desenho e fomos lá procurar, encontramos! Dia 14 ficamos num camping pra poder atualizar o blog, conhecemos o Português Camilo e sua esposa Anette. Ele ficou doido pela nossa viagem, disse que esta se preparando pra dar a volta ao mundo em 2018. Muito massa! Adoramos ter conhecido eles.

Rumo as montanhas.

Subir montanha com a bike carregada não é fácil.

Não vamos comemorar antes da hora porque ainda falta chão.


No caminho achamos uma escola de escalada, ainda fomos dar uma brincada numa via bem facil.

Alfredo e Silvia foram muito legais, nos emprestaram as sapatilhas.

5 (quinto) grauzinho pra se divertir.

Enfim, chegamos ao topo.

Vacas por toda parte, ou seja, carrapatos sem fim, tirei 6 do Thiago. Huhauhauhaua. 

E foi aqui o diocamping da vez. O sol lindo apareceu para nos dar boa noite.

Vaca traiçoeira, bebeu agua até cansar. Quando encheu veio querer me chifrar, comédia demais!



Rojo e Dana.

Rumo ao Rio Dobra.

Ponte Medieval no Rio Dobra, esse lugar é cheio das casas antigonas. Lindão o lugar. 
Esse foi o desenho do Rojo para encontrarmos o lugar secreto. Rolou! Veja abaixo.
Poço do Rio Dobra. Maravilhoso e gelado, muito gelado.

Camilo e Anette. Como é bom conversar em portugues. Esse jipe dele é irado demaisssss!





















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