sábado, 26 de julho de 2014

Ultimos preciosos momentos na Espanha - Olá Andorra!

15/07 – Ainda nos Picos da Europa. Que lugar surreal, as montanhas tem uma energia muito forte. Dá até pra entender porque os escaladores de montanhas passam aquele perrengue todo para poder conquista-las. Elas te atraem. Passando por elas, me deu uma euforia que cheguei a perder o folego. É inexplicável. Pois foi entre elas que diocampamos, logo depois de uma ponte medieval. Incrível demais.

16/07 – Acordamos e fomos dar um mergulho no maravilhoso rio que tinha abaixo da ponte. A cor da água era um azul esverdeado, lindo. O único problema era a temperatura. Não chegamos a medir, mas sabe quando você segura uma barra de gelo por muito tempo e rola aquela dor? Essa agua doía. Entramos mesmo assim e foi muito bom.  

A primeira vista das varias montanhas que passamos.

Sabe aquele ponto verde na estrada? Sou eu!

Nessas montanhas tinham várias cabras escaladoras.

Vista da ponte que diocampamos.

Thiago em seu banho matinal congelante.

Essa ovelha estava presa na pedra, vimos uma viatura da guarda civil, paramos, o guarda escalou e foi até ela mostrar o melhor caminho pra ela sair. Ela assustou e quase caiu. O guarda tambem quase caiu, mas no fim deu tudo certo. Na foto eu fazendo a seg dela. Hhuahauhauhua.

Primeira viagem das bicis.
17/07 - Nossa amiga Marcelesca havia nos avisado que dia 19/07, ia rolar uma competição de (Psicobloc), o Red Bull Creepers, numa cidade da Espanha, em Pamplona, numa ponte de peregrinação. Estávamos há uns 300 km de distancia, mas essa cidade estava na direção que iríamos. Vale a pena tentar pra ver o Chris Sharma e outros monstros (modo de dizer quando o cara manda bem na escalada) escalar. Então pedalamos até a cidade de Unqueira e de lá pegamos um trem para Santander. Dormimos num camping,  Santander é uma cidade bem grande litorânea, me lembrou a zona sul do Rio de Janeiro. Bairros nobres, gente rica, hotéis de luxo.
 Pegamos um ônibus para Pamplona. Pow essa foi fácil, já estamos na cidade 2 dias antes do evento, boa!
18/07 - Ficamos o dia descansando e lavando roupa!
19/07 – O evento começava as 17:00h, o camping era longe da cidade, 8km. Fomos perguntar pra recepcionista do camping onde ficava a tal ponte (Puente La Reina), ela disse que ficava a 43 km de Pamplona, putz grila, vacilamos de não ter pesquisado direito. E lá fomos pra Pamplona pegar ônibus pra Estella, mó caro pra levar as bikes. Chegando em Estella, descobrimos que a ponte era a 22km dalí. Na correria não nos informamos direito. Compramos mais uma passagem pro local certo. O ônibus chegaria dali a meia hora. Chegou e não quis levar as bikes, porque não cabia no bagageiro e o ônibus grande passaria em 2 horas. Ficamos lá esperando 2 horas, resmungando o tempo todo. Iríamos chegar com 40 minutos de atraso. Não arriscamos ir de bike porque não sabíamos se ia ter muita subida.
Depois da correria chata, conseguimos chegar no evento, e o melhor, não tinha começado. Yes! Pegamos um lugar bacana e assistimos ao espetáculo dos monstros da escalada, os melhores do mundo. Foi muito massa! Valeu demais a dica, Marcela e Leandro! Só não conseguimos com que o Chris falasse: "Cocal é gueto, fí".


Pamplona, vários rockeiros na praça.

Só tinha visto dessas pontes que abrem em desenhos animados.

A gente favela por onde a gente passa, dia de faxina!
Red Bull Creepers - Puente La Reina

  Markel Mendieta X Chris Sharma 

Chris Sharma X Nalle Hukkataival (O Nalle caiu feio demais, ficou todo vermelho)

Final - Chris Sharma X Daniel Wood

Alimentou bem o garoto vó, o bichim é forte!

Premiação

Foto da Climbskin.

É nois no video, malucoooo!
Para ver o video do evento, acessem: http://www.redbull.com/es/es/adventure/stories/1331666327303/red-bull-creepers-event-clip

Foto da Red Bull - Competidores.


20/07 – Domingo, antes de saírmos do camping o celular do Thiago foi roubado. Aqui na europa não costuma ter assalto a mão armada, mas não é bom dar mole, tem muito furto, mas é mais em cidades grandes. Ficaremos mais espertos agora.
Como iremos pra Andorra, pegamos um ônibus que para a cidade mais próxima. A cidade foi Lleida. Chegamos a noite. Não tinha camping. Fomos a um hostel e estava lotado, fomos a outro e estava lotado. Pro nosso azar tinha tido um festival de musica na cidade e todas as hospedagens estavam cheias. Só tinha vaga num hotel 4 estrelas, 60 euros. Ah nemmm. Pra nossa sorte, fomos ver um hotel 1 estrela, que estava lotado, porém o recepcionista era da República Dominicana, e ficou encantado com as nossas bicis. Disse que éramos hermanos e nos acolheu, deixou a gente acampar nos fundos do hotel. Félix, você não imagina o quanto nos ajudou e o quanto somos gratos pela sua gentileza. Muito obrigada, irmão!

Quando chamamos o Felix pra tirar foto, ele foi lá penteou o cabelo e tudo mais só faltou passar perfume. Mostrei a foto pra ele, ele reclamou da nitidez. Veja se ficou bacana agora, Felix.

Nosso café da manhã em Lleida.


21/07 – De volta a estrada. Como pedalar nos faz bem, é ruim ficar parado por vários dias, gostamos é de nos movimentar. Rumo a Andorra, todos nos alertavam que pegaríamos muitas subidas, pois Andorra fica nos Pirineus. Bora nessa! Paisagens maravilhosas, tipo uns desertos. Diocampamos perto de uma torre de eletricidade. A única coisa que apareceu foi um ratinho grilado. A noite foi tranquila.

22 - 23/07 – E da-lhe pedalada, mais e mais paisagens lindas. Mas dessa vez a paisagem nos presenteou com um lago maravilhoso e muito refrescante. Agora sim estamos sentindo o verão na Europa. Até o momento não vimos subidas fortes, o pedal foi bem gostoso. Fomos parar numa cidade chamada Organyà e descobrimos que lá tem a melhor montanha para pular de parapente. Tinha um camping, decidimos ficar. O recepcionista ficou animado quando dissemos que éramos brasileiros e como haviam muitos brasileiros lá ele quis nos apresentar pra eles, achou um e avisou que éramos brasileiros também. O cara fez pouco caso, trocamos algumas idéias, perguntamos sobre Andorra e fomos para o nosso canto armar nossa barraca. Estávamos preparando a janta quando esse cara veio nos pedir o isqueiro emprestado, estava com um amigo. Do nada ele pergunta se gostaríamos de voar com eles de parapent. Pow, não estávamos pensando nisso, mas já que ele ofereceu, achamos a ideia irada demais, topamos na hora, iríamos embora no dia seguinte, mas por esse motivo ficamos mais um dia. Deixamos o horário combinado. Acordamos na maior expectativa pro voo. Confirmamos com ele, e estava tudo certo. Na hora marcada, fomos encontrar ele no bar do camping. O cara nos ignorou completamente, nem olhou pra nossa cara, falou com os brothers, com as meninas e foi nessa. E ficamos lá com cara de tacho. Estamos ate agora tentando entender qual foi a do bicho. Apenas tirar onda com a nossa cara. O cara passa 4 meses por ano na Espanha saltando de parapente e se acha o foda por isso. Estamos há dois meses viajando passamos por 2 países e a única pessoa que nos fez de otário, foi um playboyzinho brasileiro. Assim...de graça. Mais tarde ele passou por nós e fingiu que nem conhecia. Cada uma viu. E o Felix da Republica Dominicana nos chamando de Hermano.
Conhecemos um senhor espanhol chamado Joaquim que nos falou palavras lindas e incentivadoras. É muito bom ouvir boas palavras de gente com muita experiência de vida. Conhecemos também um casal de portugueses muito legais, Manoela e Carlos. Andavam o tempo todo de mãos dadas e são muito comunicativos, pessoas que viajam muito são assim.

Diocamping nas torres de eletricidade.

Olha o Thiago bem ali.

Pausa pra foto.

Vimos o lago mas não tinha acesso pra nadar.

Pouco mais a frente, conseguimos chegar até o lago.

Ponte desativada.

Chegando em Organyá. Cansei da bike, fui dar uma corridinha. Tô de brinks, foi só pra fazer a foto, pois uma bela descida me aguardava pra ir com a minha bike querida.

O que será que tem dentro daquela casa abandonada?

Joaquim (um amorzinho de pessoa), Manoela e Carlos de Portugal (como gosta de ser chamado). Pessoas incríveis. Ao fundo, a tal montanha cabulosa do parapent.

24/07 – Depois de pedalar num calor de 40 graus (sem sacanagem), chegamos em Andorra, mais um país. Sim, Andorra é hoje um país próspero principalmente devido ao crescimento do turismo e por seu status de paraíso fiscal. Atualmente, a população andorrana está listada como tendo a maior expectativa de vida do mundo, com média de 83,52 anos. Pesquisei no google, é tipo o Paraguai.  
Aqui tem tudo o que você procura, é o paraíso dos consumistas. Compramos um celular novo, um carregador solar e uma caixinha de som, tava difícil ficar muito tempo sem ouvir música, passava 3 dias com a mesma musica na cabeça e eram musicas do estilo “erguei as mãos e dai gloria a Deus...” , nem curto muito Padre Marcelo Rossi, ficava somente com esse trecho na cabeça.
No caminho encontramos dois cicloviajantes poloneses, um neto e um avô, (Jerzy e Karol). Muito engraçado os dois, o velho é forte demais, eles já pedalaram 7.000km em 70 dias, eles são monstros demais, e as bikes são muito carregadas. Acampamos juntos, pena que eles saíram cedinho. Amanhã rumo a França. Vixe!


Que calorrrrr! Só porque eu disse que o verão da europa era blefe.

Muito importante!

Olá Andorra!

Os consumistas piram.

Andorra - o país todo fica entre as montanhas. Muito bonito. 

Jerzy e Karol, avô e neto, poloneses muito comédias.

Cicloviajantes quando se juntam.

Esse é o Elvis, um bulldog frances muito carinhoso. Ele não tem um olho, um cão malvado mordeu ele. Eu e o Thiago ficamos loucos nele, ele é muito gostoso.

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