26/02 - Entramos na Tailândia!
Esse país estava em nossos planos desde 2012. Pela primeira vez fizemos
uma viagem para fora do Brasil, fomos para El Chalten, na Patagonia Argentina.
Nunca tínhamos ido tão longe. Voltamos confiantes, com a certeza que poderíamos
ir para qualquer lugar, bastava querer e agir. Começamos então a pensar na
possibilidade de ir para Tailândia, só nas próximas férias. Acabamos deixando
de lado essa ideia, em troca decidimos fazer a cicloviagem pelo Ceará. Por
causa dessa cicloviagem decidimos pedalar o mundo. E depois de passar por 14
países, chegamos ao tão sonhado país excêntrico. Chegar aqui foi mais uma
vitória. A gente fica bobo quando lembra que estamos aqui. É uma
felicidade muito grande. Lemos num site de
viagens uns depoimentos negativos de um pessoal que viajou por aqui. Na verdade
sempre que a gente cria expectativa demais a gente se decepciona. Vamos deixar
rolar.
Chegamos tarde na cidade de
Satun. A gente gosta de sentir o clima do país antes de sair diocampando. Decidimos
procurar um hotel. Uns ciclistas nos levaram até um hostel muito lindo. Mas
tava salgado o preço. Perguntamos se poderíamos acampar por um preço menor. O
cara aceitou, arrumou um espaço, pagamos bem mais barato. Fizemos isso nos 3
dias que ficamos em Langkawi, na Malásia. O quarto era 90 reais, o camping
custou 10 reais por dia, se liga na dica. As vezes nem é camping, aí você
pergunta se pode montar a barraca, se deixarem é lucro. Na Europa é difícil
conseguir, quase impossível. Mas na Ásia tudo é diferente, o povo é simples.
Acampar não é problema, diria que aqui podemos acampar em praticamente todos os
lugares públicos. A noite fomos procurar lugar para comer, achamos uma
feira muito boa, com muitas opções. Tem em toda a cidade, todo dia a noite. Eba!
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Que alegria, estamos na Tailândia! |
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Hostel. Aquele gordinho simpático não é Buda, é um dos Deuses Chineses da sorte. |
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Escola em Satun. |
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Feira top, tinha de tudo. |
27/02 -
Nosso segundo dia de pedal na Tailândia foi muito bacana.
Pessoas
nos cumprimentando, sorrindo. Estamos gostando. Pedalando por Satun,
encontramos um setor de pedras muito legal. Quando a gente vê pedras grandes,
só pensamos em escalada. A gente escalava muito em regiões próximas a Brasília.
Depois que começamos a pedalar, não escalamos mais. Mas a gente gosta muito,
apesar de não escalarmos mais nada, ahuahuahua. Entramos num parque com vários
macacos, fui tirar foto, quando vi, veio um macaco na minha direção, super
corajoso, geralmente eles saem correndo quando a gente se aproxima. Saí voada,
fiquei grilada. Não sei se ele ia vir pra ficar de boa ou ia me atacar. Meu
coração disparou. Não sei lidar com macacos.
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Setor de pedras da boa para escalar. |
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Muitos macacos. Que lindinhos né? |
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Momento em que ele veio para cima de mim. |
28/02 - Passamos por
lugares lindos. Encontramos um riozinho sussa exatamente na hora de
procurar diocamping. O local era no meio da mata. Tomamos nosso banho e
acabamos dormindo por aí mesmo. Tinha uma caverna incrível. Foi aí, o nosso
primeiro diocamping na Tailândia. Acordei de madruga, tava super
sonolenta. Olhei para o céu e entre as imensas árvores, vi estrelas ultra
brilhantes. Jurava que estava sonhando, não liguei muito e voltei a dormir. No
dia seguinte comentei com o Thiago. Ele teve a mesma sensação, achou que
estivesse sonhando, mas foi real. Ter dormido naquela mata foi muito bom.
Escutamos muitos animais. Acordamos cedinho e fomos nadar na caverna.
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Hora do banho. |
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Muito bom dormir na mata. Muita paz. Acorda aí, bebezão. |
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Caverninha irada. |
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Outra parte da caverna. |
01/03 -
Entramos num templo budista para apreciar as lindas imagens de Buda, eis que
aparece um monge todo empolgado nos convidando para entrar no templo que até
então estava fechado. Entramos, tiramos fotos e do nada ele pergunta se a gente
não queria dormir lá e tomar banho. Ouxe, mas é claro. Estávamos naquele dia
que o pedal não rende, aquele dia que a gente quer fazer qualquer coisa, menos
pedalar. Kam nos encheu de mimos, toda hora trazia alguma coisinha para a gente
comer. Uma gracinha. Ótima experiência. Pela manhã Kam nos deu mais alimentos.
Pegou sua bolsa laranja, despediu da gente e foi para a sua aula de inglês.
Mais uma vez rolou o quase choro da gratidão, quando o vi indo embora. Não
cheguei a chorar, porque sou durona, mas o coração amoleceu muito.
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Budas. |
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Esse templo tinha umas pinturas maravilhosas contando a história de vida do Buda. |
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Kam, nosso monge querido. |
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Primeiro templo budista que dormimos. |
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Nosso quarto no templo budista e o leite de soja no saquinho. |
02/03 - A
Tailândia é um país muito lindo. Tem uma variedade de paisagens maravilhosas.
Estava na hora do diocamping, decidimos chegar até a praia que estava próxima.
Quando me deparei com essa vista colorida, fiquei boba. O Thiago foi logo
explorar a região e eu não conseguia sair do lugar. A praia não tinha ninguém.
Não tinha casa nem construção perto. Tinha um quiosque que só faltou estar
escrito "Diocamping reservado para Diocá". Vi várias árvores
arrancadas pela raiz. Vi um banheiro destruído. Confirmamos depois que o
tsunami passou por ali. E desde então aquele lindo lugar ficou abandonado.
Acredito que foi o diocamping mais lindo da história da Diocá.
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Cachoeira no caminho, muito refrescante. |
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Foi essa a primeira visão que tivemos no diocamping mais lindo da viagem. |
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Meu Deus, estou sonhando? |
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Quiosque reservado para Diocá |
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Dentro do quiosque. |
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Várias árvores reviradas. Foi o tsunami. |
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Banheiro destruído pelo tsunami. |
03/03
- Já tínhamos ouvido falar que acampar em templo budista era o canal nessa
região. Mas a gente sempre deixa as coisas acontecerem. Já que tivemos nossa
primeira experiência num templo budista, fomos convidados a dormir lá. Agora
poderemos tentar em outros. Foi o que fizemos. Falamos com algumas pessoas até
que chegou até o monge Rattapong. Ele não falava inglês, mas logo agilizou o
salão da meditação para ficarmos. E da mesma forma que Kam, do outro templo,
nos encheu de mimos. Nesse dia estava acontecendo uma importante comemoração do
budismo. Participamos da cerimônia. Foi muito forte. Todos tinham um kit
contendo flores, três incensos e uma vela. Ficamos dando voltas no templo e cantando
o mantra. No final entramos no lindo templo para reverencia o Buda. Mentalizei
a família, os amigos e as pessoas que mesmo que a gente não conheça, rezam por
nós. Foi uma forma de retribuir as orações. Foi muito forte. Obrigada a todos.
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Pelo caminho. |
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Rattapong e o lindo templo onde foi a cerimônia. |
05/03 - Fomos para Krabi e de lá
pegamos um barco para Railay. Essa é um dos lugares onde e pega o barco para
visitar as ilhas mais lindas da Tailândia, e do mundo. O problema é sempre
aquele: tudo dominado pelos resorts. Só existe área plana perto da praia, atrás
é tudo montanha. Procuramos algum lugar para acampar, mas era impossível. Por
sorte achamos um quartinho barato, barato para aqueles padrões, em torno de 50
reais o casal. Alugamos um caiaque a 30 reais por 2 horas e fomos procurar
psicoblocs (é uma modalidade da escalada, onde a segurança não é a corda nem o
colchão (crash) e sim a água), você escala e se cair cai direto na água.
Remamos por várias ilhas e não encontramos. Foi porque a maré estava super
baixa, fomos na hora errada. Mas valeu demais o passeio, incrível. Nessa região
o que mais tem é escalada. Foram as pedras mais lindas que já vimos. Se você
for com o intuito de escalar, vai encontrar muita coisa legal. A gente só não
empolgou porque tinha que alugar equipamentos e era meio caro. E como estamos
fora de forma para esse esporte, preferimos não gastar com isso. Lindo lugar,
se vierem para Tailândia não deixem de passar por aqui. Se inspirem com as
fotos!
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Chegando em Railay. |
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Via de escalada. Conseguem ver as pessoas? Essa pedra é linda demais! |
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Rolezinho de caiaque. |
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Rolezinho de caiaque. |
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Isso não pode ser real, é um sonho! |
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É pedra que não acaba mais. |
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Foram 30 reais bem gastos para alugar o caiaque por 2 horas. |
06/03 - Como não
queríamos passar mais que dois dias em Railay por causa do preço alto,
decidimos visitar todas as ilhas maravilhosas em um passeio só. As vezes vale a
pena contratar alguma agencia de turismo do que fazer por conta. No caso em
Railay, sairia muito mais caro se fizéssemos por conta. O passeio incluía:
Bamboo Island, Chicken Island, Viking Cave, Pileh Laggon, Ko Phi Phi, Maya Bay
(onde foi gravado o filme "A Praia"), snorkelling em dois tipos de
corais diferentes, almoço, água e coca-cola a vontade. Tudo isso por 120,00
reais. Valeu muito a pena. Adoramos!
Estar em Maya Bay foi o máximo. Era o
lugar mais esperado por nós. Chegar até aqui foi a realização de mais um sonho.
A praia é maravilhosa, óbvio. Mas é lotadaça de gente, impressionante. Tivemos
sorte de achar um espaço para tirar uma foto bacana. Passamos 1 hora e fomos
embora. Não é permitido dormir na praia. Não tem nada construído. É uma reserva
ambiental. Ótimo! Queria muito ter visto os planctons luminosos a noite, deve
ser um espetáculo. Que emoção estar aqui!
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Bamboo Island. |
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Ok, entendi! |
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Bamboo Island. |
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Maya Bay do filme A Praia. |
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Maya Bay do filme A Praia. |
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Dentro das águas da Maya Bay. |
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Não tenho mais palavras para definir esse lugar. |
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Cada vez que o barco avançava a cor da água ia mudando. |
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Bamboo Island. |
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Snorkeling! |
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Que bonitinhos. |
07/03 - Pela estrada encontramos
um lugar interessante para visitar. Tha Pom (Khlong Song Nam). Trata-se de dois
canais de água, devido a sua localização, a água do mar e a água doce do rio se
encontram quando a maré está alta. A cor da água é lindamente cristalina. É o
lar de uma variedade impressionante de animais dos dois tipos de áreas
florestais. Eles se ajustaram a conviver harmoniosamente. Como chegamos tarde,
já estava fechado. Diocampamos perto e no dia seguinte fomos visitar. Não é
permitido nadar. Nós entendemos! Apesar de queremos nos jogar naquela água
maravilhosa.
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Sempre lindo, o Buda! |
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Achamos uns restaurantes fechados, diocampamos por alí mesmo. |
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Bonecona. |
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Esse dia tava cheio de cadela linda! |
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Tha Pom (Khlong Song Nam) |
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Tha Pom (Khlong Song Nam) |
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Essas raízes me lembram alguma coisa, não sei o que... huhauahuahauhau |
10/03
- Perguntamos para um homem se podíamos dormir perto de sua oficina,
embaixo de umas palmeiras. Ele pediu para o Thiago subir em sua moto e o levou
até um templo budista. Pow a gente nem quer ficar abusando muito dos templos,
mas é tão tranquilo dormir neles e tem tantos por aqui. Acabamos dormindo nesse
templo maravilhoso. O templo ficava dentro de um barco, tinha até um lago cheio
de carpas. Maravilhoso demais. Detalhe que começou a chover e ficamos embaixo
de uma cobertura.
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Essa árvore roxinha deu um charme todo especial na foto. |
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Com direito a laguinho e tudo. |
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E o laguinho era cheio de carpas. |
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Diocamping no templo maravilhoso. |
11/03 - Niver do Gui, meu
sobrinho e afilhado. Te amo Gui, parabéns. Os dias estão muito quentes. Bateu
aquele desanimo. Vida de cicloviajante é legal, mas não é fácil. Quando
estávamos na Turquia e no Nepal, passávamos muito frio na estrada e ficávamos
com medo de acampar e passar frio a noite. Desejávamos o calor e o sol
escaldante. Chegamos na Malásia e o sol estava escaldante. Curtimos por um
tempo. Entramos na Tailândia e esse sol fica cada vez mais quente. Chegamos a
conclusão de o clima perfeito para pedalar é aquele que curtimos na Espanha. Um
leve friozinho com um sol brilhante. Não dá para pegar uma praia, mas não
importa. A gente passa por umas três praias diferentes por dia por aqui na
Tailândia e não entra na água do mar, não refresca, só te deixa mais preguento.
Frio extremo é gostoso para curtir férias num quarto quentinho. Calor extremo é
bom para curtir férias num quarto fresco com ar condicionado. Depois de passar
o dia inteiro pedalando diante desse sol por tanto tempo chega uma hora que
cansa. Você fica com preguiça e um pouco irritado. Mas é preciso ter força para
continuar. É preciso sentir frio para dar valor ao calor, é preciso sentir
calor para dar valor ao frescor. Por que a gente não pode simplesmente não
sentir frio nem calor? Desculpem o desabafo! Mas nem tudo são flores. Se fosse
não teria tal graça.
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Mais uma noite em um templo budista. Para a nossa alegria. |
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Com um ventilador tudo fica bom. |
12/03 - Depois de passar por um dos
dias mais quentes, fomos recompensados. O que a gente mais esta gostando
na Tailândia, são das lagoas, rios e cachoeiras que encontramos pelo caminho.
Quando fizemos a cicloviagem pelo Ceará, o que mais tinha era lugar para nadar
e se refrescar. Sentíamos muito falta disso. Pois nos 15 países que passamos
somente na Tailândia estamos podendo aproveitar disso novamente. Achamos um rio
azul cristal muito lindo. Passamos o dia nele. Tinha diversas barraquinhas com
comidas variadas. Muito gostoso. Acampamos no posto de gasolina, tinha até
internet.
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Obrigada Deus, por colocar esse rio no nosso caminho! |
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Não bastasse as lindas cores da água do mar... |
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Pau de Selfie. |
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Meuzovo. |
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Rolou até psicobloc. |
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Diocamping no posto de Gasolina. |
13/03 - No caminho achamos alguma instituição do governo que a gente não sabia
exatamente o que era. Vimos um quintal jóia e decidimos entrar e tentar um
diocamping. Logo o segurança Sombat veio nos atender. Não falava inglês e
bastou a gente apontar para a barraca para ele entender o que queríamos.Foi
logo falar com o chefe, que liberou nosso acampamento. A instituição era tipo o
DNIT do Brasil. No dia seguinte, a esposa dele, a Nuanjan, e a amiga dela,
Montha, foram lá para nos conhecer. Nos levaram para a casa e nos deram um belo
café-da-manhã. Na hora da foto, Sombat colocou até a farda para ficar mais
bonitão. Tinha uma doguinha pulguenta linda lá. Toda assanhada. Não podia me
ver que já se arreganhava para eu fazer carinho. Totosa!
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Mais um diocamping de sucesso. |
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Que olhar mais lindo! |
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Montha, Sombat, Nuanjan e Nós. |
15 - 16/03 - Sobre
as hospedagens na Tailândia. Quando ler a palavra resort nas placas de entrada
dos hotéis, não vá achando que você vai encontrar uma hospedagem cara não. Num
dia quente, estávamos muito cansados e decidimos ficar num hotel. Passamos por
um que dizia ser resort. Como era num lugar lindo, mas as casinhas eram
simples, resolvemos perguntar o preço. Era em torno de 50 reais o casal e
conseguimos baixar para 40 reais. O atendimento foi ótimo, tinha até
café-da-manhã. O problema foi a noite na hora de dormir. Apareceu um rato
gigante e comeu nossa comida. Acordar de madruga e saber que tem um rato ali é
tenso. E ele voltava sempre. Perder o sono por isso? Não. A verdade é que
hospedagem boa e barata na Tailândia são os motéis. Isso mesmo. Você passa uma
noite por 30 reais com ar condicionado, quarto limpinho, cheiroso e não corre o
risco de ver rato a noite. Claro que só se encaixa para quem tiver viajando
acompanhado. Chegar lá sozinho vai ficar estranho, ahuhuaua. Para saber se é
motel, é só ver se tem o numero 24 na placa, é a única coisa que rola de
identificar. Ahh Ásia, fazendo você a conviver em harmonia com os animais
asquerosos.
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Olha a pintura desse templo. |
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Essa rocha é igualzinha a que escalávamos no Belchior, no Goiás. |
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Pelo caminho. |
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É lindo, mas tem rato! |
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Numa relax... |
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Além de rato, tinha um gato no quarto também. |
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Quarto na beira da praia. |
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Nascer do sol. |
17/03 - Dica
importante: quando for dormir em templo budista, jamais durma com os pés
apontados para o Buda. Para eles os pés são a parte mais suja do corpo. Podem
perceber que os monges rezam com a sola dos pés viradas para trás. Íamos dormir
do lado errado. Mas um senhor simpático nos avisou que a gente tava de
vacilação. Em todo lugar que você for entrar, seja templo, mercado ou casa das
pessoas, tire os sapatos. O engraçado é que esses lugares não são tão
limpos. Então a gente tira o tênis, a meia, entra no lugar com o pé limpinho e
acaba saindo com o pé sujo. Mas o importante é respeitar. Nos templos a gente
sempre tira os sapatos, mas em mercados, a gente pergunta antes se pode entrar
de tênis, eles deixam sem problemas. Dormimos numa cidade muito bacana. Clima
ótimo, crianças por toda parte curtindo a praia no fim da tarde. Feira com
várias comidas gostosas. Parque grande, todos felizes, uma beleza!
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Essa minazinha mandava bem demais no fute. |
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Buda bonitão. |
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Não aponte o pé para o Buda! |
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Cidadezinha bacana. |
19/03 - Passamos por uma casa de uma
família, um senhor nos ofereceu cafe, tinha um menininho lindo e educado.
Família muito legal! Lembram daquele casal
francês queridíssimos que conhecemos no Nepal? Antony e Caroline, do 400 jours.
Foram eles que nos indicaram aquele hotel roots, que tinha a manjedoura e talz.
Encontramos eles de novo aqui na Tailândia. Adivinhem onde marcamos o encontro:
num templo budista. Nesse mesmo dia marcamos com outro casal, uma brasileira e
um inglês que estão viajando naquela bike dupla tandem, Luísa e Tom. Pena que
se perderam e não foram. Uma monja velhinha linda, a Kulap, tratou de nos dar
um belo jantar, com direito a sobremesa, um din-din de abacaxi grandão
delicioso. Ela era muito boazinha, cuidou da gente como se fossemos seus netos.
Ela dava uma risadinha muito bonitinha. A noite conhecemos a Nakoa, que nos
convidou para irmos em seu restaurante no dia seguinte. Tivemos um ótima noite
de sono.
Pela manhã, Kulap nos deu comida.
Resolvemos então irmos para o restaurante que fomos convidados. Nakoa nos deu
siri, ostra e outras coisas deliciosas, de graça. Ficamos um tempo lá e cada
casal seguiu seu rumo diferente. Foi ótimo! Esperamos encontra-los de novo na
América do Sul. Mais uma sequência de fartura de comida. O Diocamping da vez
foi no quintal de outra família. Ainda bem que a professora Waralee falava inglês.
Nos convidou para jantar com sua família. Para a sorte do Thiago, não tinha
peixe, mas sim um porco delicioso. Muito obrigada.
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Linda família tailandesa. |
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Pensa num animal delicinho. |
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Desde pequeno já aprendendo a dar cabeçadas, com o pai. |
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Caroline, Monja Kulap e eu. |
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Casal francês queridíssimo. |
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No quarto no templo. |
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Restaurante da Nakoa. |
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Delícia de Siri. |
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Adeus queridos! Foi muito bom reencontrar vocês. |
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Diocamping no quintal da Waralee. |
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Waralee e sua mãe! |
24/03 -
Fomos acampar em um resort. Achamos essa cabaninha dando mole, ficamos por 10
reais. Passamos 4 dias. Nem foi preciso montar a barraca. E durante esses 4
dias caiu uma tempestade sinistra. Primeiros dias frescos na Tailândia. Teve
uma noite que dormimos até de casacos. Inacreditável. Foi aí que gravamos o
vídeo da vaquinha. Os pássaros ao fundo do vídeo são reais.
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Pelo caminho. |
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Pelo caminho. |
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Pense numa cabana maneira. Curtiram nosso sofalante? |
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Choveu muito e não entrou uma gota de água. |
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Passaria um mês nessa cabana. |
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Nossa zona organizada. |
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Apareceu até um brother para nos visitar. |
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Pneu furado. |
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